Eu gostei muito da escrita da autora, li super rápido o livro. Mas, sinceramente eu não peguei a mensagem que ela quis passar aqui. Eu li a nota da autora dela, como ela conta sobre as dificuldades de entrar na faculdade e ser um lugar branco que só dá suporte à brancos, e se ela trouxesse isso eu acho que teria muito mais denúncia e poder.
 
 Fica muito complicado ler esse livro, é todo tipo de abuso do começo ao fim, e como eu disse antes, eu não senti uma conscientização, uma denúncia em nada aqui. Me incomodou muito a falta de memória da Chiamaka, ficou sempre naquela linha em revelar que ela foi estuprada e isso me atormentou o livro inteiro. Eu não consegui me conectar com os personagens, com a família deles, com a amizades deles, então tudo de ruim ia acontecendo e apesar de ser horrível e traumatizantes faltou um aprofundamento no geral. 
 
 E aí a finalização da história não é muito boa. Todo fechamento foi bem ruim na verdade, fica vários personagens sem sequer serem mencionados, sem saber o que aconteceu com eles. E o salto de tempo não foi bom, porque seria uma parte ideia para a gente ver principalmente Devon conseguindo o sonho dele e como tudo ficou pra eles. Se ambos conseguiram ajuda profissional. E sinceramente é muito difícil eu acreditar que ambos tenham continuado amigos. Toda cena do baile é horrível, > toda< além de irreal, novamente, não acrescenta em nada! O protesto poderia ter significado muito mais em comparação a como é usado só como uma linha na narrativa.
 
 Tinha muito potencial, tinha tantos pontos pra abordar de forma boa, o racismo dentro de relacionamentos, o racismo na vida acadêmica mesmo, o fetichismo tudo isso que ela colocou mas nunca discutiu.